Ontem, numa tímida tarde de Primavera, parti à aventura com alguns elementos do meu grupo de CVX… Éramos 10 adultos e 2 crianças, mas pelo entusiasmo geral, éramos, na verdade, 12 petizes! Fizemos uma caminhada pelo Minho campestre, rumo à capela de S. Bento. Foram, aproximadamente, 8 quilómetros percorridos em 2 horas e meia cheias de alegria, salutar convívio, alguns arranhões, caminhos intransitáveis e maravilhosas paisagens.
Apesar de termos calcorreado caminhos que distam poucos quilómetros da cidade, por momentos senti que estava num outro tempo e lugar, onde a pureza bucólica é capaz de apaziguar os corações inquietos e o stress não tem significado...
Inebriados pelo aroma suave das folhas acabadas de nascer e da terra humedecida pelas últimas chuvas, parecia que a Natureza nos dava as boas-vindas com os seus tapetes de singelas florinhas campestres. Com uma moldura assim, nem os esforços exigidos pelas exigentes subidas e obstáculos diversos foram capazes de nos fazer vacilar. Esta caminhada, que exigiu muito do físico, fortaleceu não só os nossos músculos, como também os laços que ligam estes citadinos, sempre muitos ocupados na sua vida diária. Soube-me muito bem esta abstracção da agitação urbana e despojamento das coisas mundanas – pronto, confesso, “quase” despojamento porque o telemóvel ia no bolso (mas foi por uma boa causa: precisava de tirar fotografias…).
E como uma imagem vale mais do que mil palavras...
Ali estão as ovelhas e, mais atrás, o bosque... Será que o Lobo Mau estava à espreita?
Seguindo o trilho...
Mais ovelhas (afinal não estava lá o Lobo Mau, acho que a crise o afugentou...) e a beleza simples das simples coisas...
Uma das minhas orações favoritas: a de S. Francisco de Assis.
Esta é a "Árvore Mensageira". Trata-se de uma escultura de ferro forjado, cujos "frutos" são garrafinhas com mensagens de crianças do 1.º Ciclo.
Vista panorâmica de Vizela.
O nosso destino: a capela de S. Bento. (Para verem mais pormenores deste local, cliquem
aqui.)
Agora que revejo mentalmente os sítios por onde passámos, verifico que estas fotografias dão uma parca visão das maravilhas que vimos... mas esta fotógrafa estava mais empenhada em conviver e sonhar, do que em fazer a reportagem fotográfica desta viagem. Prometo que, na próxima, tirarei fotografias capazes de ilustrar mais eficazmente o encantamento provocado...
Termino com as flores que a Mena está a presentear as suas visitantes (é sempre bom receber flores mas estas, em particular, combinam mesmo com o que foi escrito).